terça-feira, 31 de março de 2009


O RESGATE DA NATUREZA INFANTIL- UMA NOVA MANEIRA DE EDUCAR


A palmada, introduzida no Brasil pelos padres jesuítas, permeou a educação de muitas gerações de brasileiros.Não era um costume dos nossos indígenas, pois eles respeitavam as crianças, compreendendo as necessidades infantis.

Ao usar de violência, pulamos etapas do desenvolvimento infantil, ignorando as respectivas necessidades pueris e impedindo o aprendizado de acontecer naturalmente. O castigo, quando pais infligem maus-tratos, sob qualquer forma, é sempre um abuso do poder do mais forte contra o mais fraco.

É um conceito da humanidade pecadora, que tem que aprender pela dor. Por que não aprender pelo amor? Nenhum pai quer uma relação de medo com os filhos e sim de respeito.As crianças são sábias, intuitivas e têm o dom de perdoar.

Mas agressões podem deixar marcas profundas, pois não importam as razões que usamos para explicar a surra, é a ação de bater que nos define. Agressão revela insegurança e falta de autoridade. Não bater não significa não educar. Precisamos dissociar o limite dos castigos físicos. Educar é conduzir a criança amorosamente através do diálogo, do carinho e do reforço positivo. Os índios já compreendem há séculos que, não só os pais, como toda a tribo é responsável pela educação das crianças. Ou seja, toda sociedade é responsável.Já foi normal bater em escravos, bater em mulher, por que ainda é normal bater em criança? É hora de evoluir, resgatando a sabedoria do contato físico e da natureza. A base de uma educação bem sucedida é uma criança que se sente muito amada.

domingo, 15 de março de 2009

PROTEÇÃO E SUPER PROTEÇÃO


A linha que separa a proteção e a super proteção é tênue.

Diante do mundo violento em que vivemos, escorregar e cair na super proteção é muito comum.

O desenvolvimento da criança acontece em diversas dimesões: física, intelectual, emocional, para não falar das mais abrangentes.

Aos poucos um bebê cresce, seus ossos e musculatura se fortalcem, se desenvolve sua coordenação motora e seu avanço neurológico já lhe permite realizar alguma ações que precisam ser estimuladas.

Superprotetora é a mãe que continua fazendo pelo filho aquilo que ele já é capaz de fazer.

Esta mãe passa para o filho a mensagem que ele é incompetente, incapaz e inferior, pois não executa ações que outras crianças já fazem.

Com isso ele tem um sentimento de inferioridade, impotência e falta de iniciativa.

Na área intelectual, ao ajudar os filhos nas tarefas, os pais não devem trazer respostas prontas, mas estimulá-lo a raciocinar, evoluir.A criança reconhecerá e ficará feliz com seus pequenos progressos.

Ao tomar decisões, a criança deve ser estimulada a avaliar os prós e os contras, a não decidir implusivamente ou sob a pressão de terceitos.

Desta forma , aprenderá a se tornar responsável pelas suas próprias escolhas.

É dificil um pai que nunca tenha sido superprotetor.

E há certas ocasiões, onde nosso papel de tutores nos empurrará a proteger e resguardar os nossos filhos.

A sabedoria e o bom senso identificarão estas circunstâncias.

Amamos nossos filhos e por isso nossa função é acompanhá-los amorosamente, ajudando-os a exercer sua liberdade com responsabilidade.

Lembrando que autoridade se baseia na razão e é conquistada com carinho e confiança pelos pais, que não se colocam no papel de superiores, mas de modelos para seus filhos.

Educar é caminhar lado a lado, numa troca de experiências pautada na paciência e no carinho e no diálogo.

A EDUCAÇÃO DIFUSA NO MUNDO CONTEMPORÂNEO

Desde os primórdios da humanidade o homem se educa, de alguma forma.
Nas sociedades tribais, a educação das crianças se dava de forma difusa.
Elas aprendiam imitando os ofícios dos adultos, tendo assim já a certeza do papel que deviam desempenhar quando fossem adultos.
Ainda hoje, na sociedade contemporânea a educação difusa permanece, embora sob um diferente aspecto.O conhecimento técnico, científico, não é passível de ser transmitido por imitação, requer metodologia e um processo sistematizado de transmissão e avaliação.
Este conhecimento tecnicista visa formar profissionais para o mercado de trabalho e as exigências do mundo capitalista.
Porém , não é só nos bancos escolares que se dá a educação.
Visto que educação não é só uma saber técnico, é uma maneira de ver o mundo, de entender a sociedade, de exercer o papel de cidadão dentro dela, com direitos e deveres conscientes.
Não basta se inserir no mercado de trabalho é preciso aprender para a vida também.
A criança se auto-educa em todos os ambientes que ela frequenta.Os comportamentos de todos os adultos com que ela convive, formam a base da sua educação.Constituem os seus valores e complementam a formação da pessoa como um todo.
O educando imita o adulto, principalmente quando tem com ele laços afetivos bem estabelecidos e seguros.
Por isso a melhor maneira de se ter uma criança bem educada e compreendê-la enquanto criança.
Se ela se sentir amada, valorizada e respeitada, a educação difusa que se dá em casa, soma-se, para complementar seu desempenho escolar.
Um bom exemplo disso, é a leitura.Frequentamente crianças com hábito de leitura, são incentivadas a isso desde pequenas pelos pais, que dão o exemplo.
Enquanto na sociedade tribal, a criança já tinha o seu lugar determinado, na sociedade contemporânea, não há papéis pré-estabelecidos.
A criança precisa construir sua identidade e acreditar no seu potencial para se encaixar neste meio.Isso requer auto confiança, segurança , é a base que se constrói no lar.
A educação formal pode até reafirmar valores e princípios, mas desde que essa semente tenha sido plantada na educação difusa.
E esse papel é dos pais ,não há como delegá-lo a outros, nem deixá-lo unicamente ao encargo da escola.
Na tribo, no gineceu, na casa ou no apartamento, o papel da família continua sendo fundamental.


Neyva Daniella Souza
Estudante de História da UNIASSELVI