sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Interessante

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

O QUE É PENSAR ?

O ato de pensar é automático e inerente ao ser humano, o distingue dos animais e pode ter diferentes significados.
Para a filosofia pensar é refletir com crítica e criatividade, é duvidar e investigar para chegar a conclusões possíveis. Para a ciência pensar é organizar as informações de forma metódica e sistemática, para chegar a respostas definitivas. Para a religião, pensar é acreditar, a resposta para as questões humanas e mundanas vem de razões divinas e celestiais.
Dois estudiosos se aprofundaram nas questões relativas ao pensamento: Dewey e Lipmam.
Para Dewey , há 4 conceitos de pensar que se sucedem em ordem progressiva: pensar é tudo aquilo que vem à cabeça, tendo lógica ou não; é imaginar a continuidade das informações disponíveis; é organizar convicções, formulas suposições e num sentido mais amplo: pensar é uma atitude filosófica, é refletir sobre os fundamentos das convicções.
Lipmam falou sobre “educar para o pensar”, pensar por si mesmo, que significa mais do que memorizar conclusões prontas, é reaprender a ver o mundo.
Como escreveu Freire, professores não são transferidores de conhecimento; pois transmitir conhecimento pronto pouco contribui pro desenvolvimento pessoal.
Os conhecimentos armazenados são importantes, mas nossa memória é seletiva e dinâmica e não arquiva os dados com precisão nem os acessa de forma mecânica. O que atrai a descoberta e possui significação é memorizado de forma privilegiada.
Educar para o pensar é promover a capacidade de pensar de forma crítica e criativa.A importância de educar para o pensar é imensa: desenvolve a capacidade autodirigir-se e autocorrigir-se, liberta da submissão a ideologias e pessoas, cria o hábito da meditação e reflexão, questiona e critica preconceitos, paradigmas e relações de poder.
Pensar certo é manter a noção do que não se sabe, é não fechar-se ao conhecimento pronto; uma mente aberta pode criar um mundo novo.



Neyva Daniella Souza
Acadêmica de pedagogia e história da UNIASSELVI

"Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo." ( Clarice Lispector)


QUEM É VOCÊ ?

A voz que mora dentro da nossa cabeça, dando significado a tudo que enxergamos e vivenciamos, e costuma atender pelo nome de consciência; essa voz sou eu e é você.
Dez entre dez psicólogos da atualidade são categóricos em afirmar, que o que influencia a formação do nosso eu é 50% DNA e 50% educação.
Um bebê não é uma folha em branco, ele já nasce com traços de personalidade e cabe à mãe estimular este cérebro em formação.
A principal etapa da constituição de nossa subjetividade é até os 3 anos. Nestes anos, carinho, afeto, atenção e contato são essenciais e por isso é inegável a responsabilidade das mães, que continuam insubstituíveis.
Alguns cientistas dizem que até os 18 anos ajustamos nossa personalidade, outros que este prazo é maior, vai até por volta dos 30 anos. Mas o importante é sabermos que teremos sempre traços preponderantes, qualidades e características inconvenientes que precisam ser suavizadas. Não deixamos por educação, ou meio social, deixar de ser quem somos, mas estes nos fornecem os instrumentos que vamos utilizando para nos aperfeiçoar, aprender a conviver com os outros e conosco mesmo.
O mundo sabe o que esperar de nós e está estabilidade é importante. Fugir de quem somos seria arriscar nossa sanidade, violentar-nos.
Outro fator que merece destaque é a companhia que as crianças andam, aquele velho ditado, “diga-me com quem andas...”Isso se deve a nossa herança biológica. Durante anos dependemos de nossa capacidade de viver em grupo e por isso o grupo é muito influente para nós. Mas há um porém, nós nos consideramos parte do grupo com o qual nos identificamos; e por isso a marca indelével trazida do ambiente vem das amizades..
Esse grupo pode não ser a família, embora o ideal é que o seja, falando é claro, de famílias equilibradas.
Tomamos nossas decisões e fazemos nossas escolhas em razão do que sentimos ou acreditamos e não necessariamente em função do que sabemos. Por isso um “amigo” que nos faz sentir importantes e acolhidos, pode influenciar nossas decisões mais do que a quantidade de informações e avisos que ouvimos em casa.
Este fato só reforça o quanto é importante para os nossos filhos serem amados aceitos e acolhidos e enfatiza ainda mais a incoerência da agressão física e psicológica, da ameaça e do discurso imperativo.
Nós temos um enorme potencial, nosso impulso em direção a superação e realização se dá pela conexão com nosso meio onde vamos equilibrando as características de nossa personalidade com doses de amor e diálogo.



Referência: Superinteressante outubro/ 2009 O segredo de ser você

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Pedagogia da Autonomia

Pequeno resumo do maravilhoso livro de Paulo Freire, Pedagogia da Autonomia. Podem copiar dando os devidos créditos:( as frases entre aspas são citações diretas)


A prática educativa de que trata o autor tem uma natureza ética e sua transgressão é um desvio. Uma das faces da ética inerente ao ser humano e à convivência social é a consciência que se deve ter com relação ao futuro.Este não deve ser encarado com fatalismo ou determinismo, pois somos seres condicionados, mas não determinados.
Em primeiro lugar, para Freire, a ênfase não está no ensinar, mas sim no aprender. Ensinar não é um processo unilateral, vertical "quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender".Ao ensinar o professor não é um transferidor de conteúdo, ele é sujeito ativo, ele não apenas memoriza, mas em cada leitura, se questiona, se aprofunda e nunca fica acomodado a uma certeza.
Para ensinar é necessário, ao aguçar a curiosidade, passar da ingenuidade à criticidade.Porém, mesmo que queira ultrapassar o senso-comum, o professor que pensa certo respeita os saberes dos educandos.
"Pensar certo é fazer certo".Todos os gestos do professor, suas atitudes e posturas refletem o seu discurso.
Se queremos que as crianças nos respeitem, primeiro temos que respeitá-las.
O professor não pode nunca perder a capacidade de se surpreender, e para tanto deve se considerar um ser inacabado, como inacabado é o seu saber."O inacabamento de que nos tornamos conscientes, nos faz seres éticos".
Baseado no meu bom senso mantenho a dialogicidade verdadeira, sem deixar o barco correr solto, mas sem usar o autoritarismo. Um professor não pode desgostar do que faz sob pena de não fazê-lo bem.
A realidade pode ser dura, o mundo é um desafio, porém: " O mundo não é, o mundo está sendo".As mudanças saõ possíveis, o primeiro passo é acreditar."Sou professor a favor da esperança que me anima apesar de tudo".
A educação não vira política por escolha do professor subversivo, ela é política. Ninguém pode viver de forma neutra, muiot menos educar sem comprometimento. A ideologia está presente no dia-a-dia e a" postura crítica e desperta nos momentos necessáros não pode faltar."Ao sentir-se comprometido com a postura política da educação e com a certeza que não sabe de tudo, o professor se abre ao diálogo.
A afetividade faz parte da docência e desde que não interfira na ética, torna a experiência docente alegre e prazerosa para ambos os lados.
A profissão do educador é fundamental à sociedade e envolve além da capacitação científica, a responsabilidade ética, o engajamento sincero, com esperança e alegria.
Quanto mais solidariedade entre educador e educando, mais possibilidade de aprendizagem democrática na escola.

Neyva Daniella Souza
Acadêmica de história e pedagogia da UNIASSELVI



Piaget, Vygotsky e Wallon

Fiz um resumo bem básico, destes 3 pensadores que influenciam a educação até os dias de hoje

PIAGET: Foi o precursor da revolução cognitiva dos anos 50, tinha uma visão organísmica das crianças e via o desenvolvimento como produto dos esforços delas para compreender e atuar no mundo.Para Piaget o desenvolvimento ocorre através de 3 princípos que se interrelacionam: organização, adaptação e equilibração.Os estágios do desenvolvimento de Piaget são 4: sensório- motor, pré-operatório,operações concretas e operações formais.
VYGOTSKY: Todo conhecimento é construído socialmente, no âmbito das relações sociais. É o criador do socioconstrutivismo ou sociointeracionismo. Para ele, 4 perspectivas se interelacionam para a compreensão do desenvolvimento humano: desenvolvimento ontogenético, microgenético, filogenético e sócio-histórico.
A criança nasce com funções mentais elementares, seu ambiente a fornece ferramentas de adaptação intelectual, para que ela desenvolva as funções psicológicas superiores.
Ele desenvolveu o conceito de mediação, feita por 2 elementos: os instrumentos e os signos.
A criança, com o tempo, passa a utilizar os próprios signos internos, que são a representação do mundo externo.Criou o conceito de "zona proximal de desenvolvimento", que é a distância entre o que a crinaça já domina e o que ela pode fazer com auxílio de um mediador.

IMPORTANTE:Ambos são construtivistas, atentos a natureza social do homem, mas o fator cultural é básico para Vygoysky e pouco enfatizado por Piaget.

Para Vygotsky o aprendizado gera o desenvolvimento mental.
Para Piaget é o desenvolvimento mental que torna possível o aprendizado.

WALLON: Admite o organismo como condição primeira do pensamento, pois toda função psíquica requer um equipamento orgânico.Entende o homem como ser biológico e social, espírito e matéria, orgânico e psíquico.Para ele não há linearidade no desenvolvimento. A passagem de um estado para outro requer adaptação e reformulação, o que pode ocasionar crises de origem endógena - pelos efeitos da maturação nervosa e exógena - pelo desencontro entre a ação e o ambiente. Porém estes conflitos são dinamogênicos.
Wallon fala em 5 estágios: emocional, sensório motor e projetivo, personalismo, categorial e adolescência.
As funções evoluídas não suprimem as antigas, mas  as controlam, e as antigas podem as vezes se manifestar, isto chama-se integração funcional.
Cada estágio possui uma característica predominante que se chama predominância funcional, e há a alternância funcional - cada fase tem sua atividade preponderante.

"Na ausência do outro, o homem não se constrói homem"( Vygotsky)

PROJETO CADERNO-DIÁRIO

OBJETIVO: Proporcionar um momento de descontração e reflexão rememorando os acontecimentos do dia. Facilitar a participação dos pais no dia-a-dia escolar. Incentivar as habilidades do pensamento de resumir, organizar e registrar dados.Treinar o conhecimento temporal.
JUSTIFICATIVA: Todos sabemos que a integração pais, escola e sociedade é fundamental para o sucesso da educação.Infelizmente, muitos pais não dispõe de boa vontade, tempo e interesse para verificar o que seu filho fez no dia letivo. Muitos não tem o hábito de conversar, certificar-se de que há tarefas, provas e avisos importantes.Também há crianças que tendem a esconder as tarefas e provas e dizer que não houve "nada" naquele dia. O caderno- diário servirá para registrar  os acontecimentos do dia, alguns minutos antes do término da aula, exercitando a memória, a atitude reflexiva, as capacidades de resumir e organizar as ideias, e ainda a participação dos pais no desempenho escolar do seu filho, dando-lhes a noção do que se passou na escola naquele dia.
EXEMPLO:Data (dia,mês, ano e dia da semana) e data comemorativa. ( Pode-se falar aqui um pouco da efeméride do dia, se houver)
Atividades: correção da tarefa, realização da prova , etc, (aqui as crianças ajudam  a rememorar de maneira resumida as atividades do dia)
Tarefa: anota-se a tarefa para o outro dia.
Avisos: se houver algum aviso escolar.
Frase do dia: O professor pré seleciona uma frase legal, pode ter ligação com os acontecimentos do dia.
Adivinhação: A criança leva pra casa e tenta responder em casa com os pais e irmãos, no outro dia o professor dá a resposta.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Incentivos para os alunos







Garimpando pela net, achei estes incentivos bem engraçadinhos.e são sempre úteis.



Como uma onda no mar


Uma onda saltitando no oceano, divertindo-se, apreciando o vento, até que dá com outras ondas na frente, arrebentando-se na praia.

_ "Meu Deus, que coisa horrível, diz a ondazinha, é isso que vai acontecer comigo!"

Aí chega outra onda e pergunta: _ "Por que estais triste?"

_ "Vamos todas arrebentar! Vamos todas acabar em nada! Não é horrível?

Responde a segunda onda:

_ "Você não está entendendo. Você não é uma onda. Você é parte do oceano."



Extraído do livro A Última grande Lição - O Sentido da Vida, de Mitch Albom

Recomendo fortemente!


"Amem-se uns aos outros, ou pereçam". ( Auden)

PARADIGMAS DA EDUCAÇÃO


O QUE É UM PARADIGMA?


Um grupo de cientistas colocou 5 macacos numa jaula, em cujo centro puseram uma escada e sobre ela, um cacho de banana. Quando um macaco subia a escada para apanhar as bananas, os cientistas lançavam um jato de água fria nos que estavam no chão. Depois de um certo tempo, quando um macaco ia subir, os outros enchiam-no de pancadas.

Passado mais algum tempo, nenhum macaco subia mais a escada, apesar da tentação das bananas.

Então os cientistas substituiram um dos macacos. A primeira coisa que ele fez foi subir a escada, dela sendo rapidamente retirado pelos outros, que o surraram. Depois de algumas surras, o novo integrante do grupo não subia mais a escada.

Um segundo foi substituído e o mesmo ocorreu.Um terceiro foi trocado e repetiu-se o fato. E assim por diante.

Os cientistas ficaram então com um grupo de cinco macacos, que mesmo nunca tendo tomado um banho frio, continuavam batendo naquele que tentava pegar as bananas..

Se fosse possível perguntar a um deles porque batiam em quem tentasse subir a escda, com certeza, a resposta seria:

"Não sei, as coisas sempre foram assim por aqui..."


Este fábula, de autoria desconhecida, serve para que nós, pais e professores, reflitamos sobre nossas concepções de educação.

Educar para pensar, educar com criatividade, afetividade, ética e estética.
Educar sem bater.
Será que estamos tratando nossos filhos e alunos acorrentados a velhos paradigmas?
"Grande é a poesia, a bondade e as danças.
mas o melhor do mundo são as crianças"
Fernando Pessoa