A vida não é boa com as mães.
Um dia você descobre que está grávida e começa a se preparar pra maior aventura de sua vida, mas a verdade é que você nunca estará pronta.
Quando te trazem aquele ser miúdo, enrolado em cueiros, você descobre o que é sentir o amor até as entranhas.
A coisinha chora, mama, dorme, acorda, sorri, te incomoda, te absorve o tempo, mas mesmo assim você é feliz, e o pior: pensa que ela é sua.
Seu peito alimenta, seu beijo cura, seu abraço acalma, a mãe é linda e grande, grande, grande...
Um dia a mãozinha quente que segura firme a sua, se solta com avidez, e as perninhas correm ao encontro da vida e do mundo. A mãe ali parada, esperando aquela olhadinha pra trás.
Você se sente como num sonho daqueles que se está num precipício caindo, mas a queda não tem fim.É assim mesmo, melhor se acostumar a cair.
Quando foi que a coisinha passou da sua cintura? Quando foi que passou a duvidar das suas palavras? De repente você ficou pequenininha, quase invisível.
O tempo é cruel com as mães. Os filhos dormem pequenos como seu antebraço e acordam do tamanho do mundo. Onde eles estão, seus braços já não alcançam.
No que você se transforma? Na fada madrinha que prepara tudo pra Cinderela, mas no final avisa pra ela não passar da meia-noite?No grilo falante do Pinóquio que ele ignora ou consulta, quando bem entende, mas sabe que está sempre ali por perto e isso o conforta?
Fico imaginando o que será quando se tornarem adultos e levantarem vôo.
Imagino que seja como quando você assiste a uma novela ou a um filme, e torce muito pelo personagem, esquecendo que não é você que determina seu destino.
O roteiro da vida segue e sem o conforto da ficção, onde tudo sempre acaba em final feliz.
Um dia você descobre que está grávida e começa a se preparar pra maior aventura de sua vida, mas a verdade é que você nunca estará pronta.
Quando te trazem aquele ser miúdo, enrolado em cueiros, você descobre o que é sentir o amor até as entranhas.
A coisinha chora, mama, dorme, acorda, sorri, te incomoda, te absorve o tempo, mas mesmo assim você é feliz, e o pior: pensa que ela é sua.
Seu peito alimenta, seu beijo cura, seu abraço acalma, a mãe é linda e grande, grande, grande...
Um dia a mãozinha quente que segura firme a sua, se solta com avidez, e as perninhas correm ao encontro da vida e do mundo. A mãe ali parada, esperando aquela olhadinha pra trás.
Você se sente como num sonho daqueles que se está num precipício caindo, mas a queda não tem fim.É assim mesmo, melhor se acostumar a cair.
Quando foi que a coisinha passou da sua cintura? Quando foi que passou a duvidar das suas palavras? De repente você ficou pequenininha, quase invisível.
O tempo é cruel com as mães. Os filhos dormem pequenos como seu antebraço e acordam do tamanho do mundo. Onde eles estão, seus braços já não alcançam.
No que você se transforma? Na fada madrinha que prepara tudo pra Cinderela, mas no final avisa pra ela não passar da meia-noite?No grilo falante do Pinóquio que ele ignora ou consulta, quando bem entende, mas sabe que está sempre ali por perto e isso o conforta?
Fico imaginando o que será quando se tornarem adultos e levantarem vôo.
Imagino que seja como quando você assiste a uma novela ou a um filme, e torce muito pelo personagem, esquecendo que não é você que determina seu destino.
O roteiro da vida segue e sem o conforto da ficção, onde tudo sempre acaba em final feliz.
Isso torna a expectativa bem mais emocionante. É o seu filhinho e aquela gente tão grande.
Daí não é apenas: um colo vazio, um brinquedo empoeirado e sem vida no baú, um tchauzinho discreto na porta da escola, uma vigília anônima pra sentir aquele calor e paz que nossos filhos espalham enquanto dormem.
É somente: Um quarto vazio
Uma casa enorme
Um telefonema ou visita de vez em quando
E um retrato sorrindo pra você da estante.
Coisa cruel este negócio de ser mãe.
Daí não é apenas: um colo vazio, um brinquedo empoeirado e sem vida no baú, um tchauzinho discreto na porta da escola, uma vigília anônima pra sentir aquele calor e paz que nossos filhos espalham enquanto dormem.
É somente: Um quarto vazio
Uma casa enorme
Um telefonema ou visita de vez em quando
E um retrato sorrindo pra você da estante.
Coisa cruel este negócio de ser mãe.
3 comentários:
Nossa, Neyva, me emocionei muito ao ler o seu texto, me vi como mãe do meu pequeno e como filha da minha mãe...Você descreveu muito bem a realidade das mães...Sempre muito bem escita...
Mil bjs da sua sempre fã e amiga, Patricia.
Ai, ai, ai... Deu até vontade de chorar.... Snif, snif, snif.
Cara amiga, que razao tens: coisa cruel é ser mae! Eu ainda to com o vestido de noiva de minha filha na caixa e o quarto dela intacto.... tem dia que entro lá e choro que me mato... ela há 8.000 kms. de mim, vivendo na Espanha... coisa cruel ser mae!!! Mais nada mais glorioso tbém! Saber que sao fortes, que enfrentam a vida e tu eres seu exemplo....
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